Correios quer cobrar os olhos da cara na saúde do trabalhador

12/01/2017 17:51

A saúde do trabalhador é assunto sério e não pode ser negligenciada. A ECT, contudo, não pensa desta maneira e quer coloca-la em segundo plano. No dia 5 de janeiro, a empresa lançou um comunicado através do Primeira Hora com a proposta patronal para o plano de saúde dos trabalhadores. Com valores exorbitantes, as taxas a serem cobradas irão impactar profundamente nas finanças dos ecetistas. O Sintect-PE convoca todos os companheiros a dizerem NÃO a essa medida que a empresa quer impor aos trabalhadores.

De acordo com o diretor do Sintect-PE e um dos representantes da categoria na Comissão Paritária, Hálisson Tenório, a proposta da ECT é impossível de ser aplicada, chegando a impactar de 20% a 40% sobre o salário líquido do trabalhador.

“A conta do plano de saúde não é dos trabalhadores e vamos provar que os custos realizados com o Plano de Saúde são investimentos na saúde dos trabalhadores e de seus familiares. Isso não é prejuízo ou déficit como a ECT quer alegar.Afinal, menos de 10% da receita bruta da Empresa é utilizada em investimentos no plano de saúde, mas um percentual bem maior é utilizado para gastos que poderiam ser facilmente evitados”, afirmou o companheiro Hálisson. Por isso, o Sindicato defende a rejeição da proposta da ECT para o Plano de Saúde.

Segundo a Federação, “o problema econômico não é culpa do Plano de saúde, mas sim, de diversas ações da administração da empresa que causaram graves ataques à saúde financeira dos Correios”. Conforme o informe 002/2016 da Fentect, do dia 16 de dezembro de 2016, “foi constatado que a criação da Postal Saúde dobrou os gastos com o plano de saúde, diferente do que foi divulgado anteriormente quando os Correios optaram pela criação, “as escondidas” da Postal Saúde, sem debate algum com os seus trabalhadores”.

Os trabalhadores defendem o retorno dos ambulatórios, que são mais econômicos para ambos os lados: ecetistas e ECT. A comissão dos trabalhadores defende o retorno do modelo anterior, autogestão por RH, que se mostrava mais econômico, e de melhor qualidade.