Sindicato consegue avanços em Goiana após denúncia de assédio moral feita pelos trabalhadores

20/02/2015 12:16
 
A Unidade de Distribuição (UD) de Goiana, Litoral Norte de Pernambuco, pede socorro. Após os trabalhadores do local terem sofrido inúmeros ataques e perseguições por parte do coordenador de assuntos externos (CAE), Severino Jr., os ecetistas procuraram o Sindicato dos Trabalhadores dos Correios de Pernambuco (Sintect-PE) e efetuaram uma denúncia contra a série de abusos pelos quais estavam passando. Os diretores da entidade, Roberto Alexandre (Beto) e Rinaldo Nascimento, visitaram o local antes do Carnaval, no dia 11 de fevereiro deste ano, para tentar solucionar vários problemas existentes lá. A reunião contou com a presença do Diretor Regional, Pedro Mota. 
 
Entre os ataques sofridos pelos servidores estava a proibição de atender telefonemas, mesmo se houvesse urgência. Alimentar-se após a realização da triagem direta (TD) tornou-se proibido. Falar e expressar-se livremente não era mais permitido, pois os trabalhadores ouviam gritos de “cale a boca” se tentassem qualquer argumento junto ao CAE. “Essas são atitudes de um verdadeiro capitão do mato. A escravidão já acabou faz tempo e o Sintect-PE não admite essa postura de forma alguma. Nós estamos de olho nesse Jagunço.”, declarou indignado Beto. 
 
Além do assédio moral, os ecetistas trabalham em condições insalubres, pois o espaço é muito pequeno e eles são obrigados a efetuarem a carga e descarga a céu aberto. Com isso, a segurança fica completamente comprometida. Os trabalhadores já foram assaltados e obrigados a deitarem-se no chão durante a ação dos bandidos. Objetos pessoais e encomendas foram roubados. Isso tudo sem contar com o risco de vida sofrido durante o ataque. Um dos carteiros da unidade passou por verdadeiros momentos de terror ao ficar com um revólver apontado para sua cabeça. 
 
Antes de qualquer ação, o Sintect-PE exigiu de Mota que o local da UD fosse alterado, para que haja mais segurança e condições de trabalho para os empregados. O gestor afirmou que iria providenciar a mudança. A entidade vai pressioná-lo para que isso saia do campo das “promessas” e passe a ser realidade. Houve, ainda, alguns aspectos positivos desse encontro, houve alguns avanços: os lanches e as ligações foram liberados. A direção regional informou que iria chamar a atenção do gestor. Se o Severino Jr. não mudar suas atitudes. O Sindicato vai voltar lá!